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Aline Motta

Com sua prática artística, Aline Motta busca apontar e preencher as lacunas em sua própria história familiar como resultado do apagamento colonial. Seus vídeos, fotografias, instalações e performances são baseados em estudos especulativos que misturam pesquisa de arquivo, viagens de campo e relatos de história oral que ela usa para acessar, nutrir e revelar partes do passado que antes eram consideradas perdidas. Recusando a organização linear do tempo e, em vez disso, entendendo o passado como parte do presente, Motta cria obras que reorientam memórias e constroem novas narrativas. Refletindo sobre noções de diáspora, pertencimento e identificação, ela reconfigura as relações afro-atlânticas à sua maneira, posicionando-se como autora de sua própria história. Desfocando os limites entre o que é conhecido e o que é imaginado, as obras de Motta demonstram como imaginar novos passados ​​pode nos libertar de velhas narrativas e manifestar novos futuros.

A água á uma máquina do tempo 1, 2024. Fotografia digital impressão jato de tinta, 70 x 125 cm. Ed. de 6 + 2 P.A.
A água á uma máquina do tempo 1, 2024. Fotografia digital impressão jato de tinta, 70 x 125 cm. Ed. de 6 + 2 P. A.

Foi contemplada com o Programa Rumos Itaú Cultural 2015/2016, com a Bolsa ZUM de Fotografia do Instituto Moreira Salles 2018, com 7º Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça 2019 e com o Prêmio PIPA 2024. Recentemente participou de exposições importantes como "Histórias Feministas, artistas depois de 2000" - MASP, “Histórias Afro-Atlânticas” - MASP/Tomie Ohtake, "Cuando cambia el mundo" - Centro Cultural Kirchner, Buenos Aires, Argentina e "Pensar tudo de nuevo" - Les Rencontres de la Photographie, Arles, França. Abriu sua exposição individual "Aline Motta: memória, viagem e água" no MAR/Museu de Arte do Rio em 2020. Em 2021 exibiu seus trabalhos em vídeo no New Museum (NY) no programa "Screen Series". Em 2022 lançou seu primeiro livro "A água é uma máquina do tempo" pelas editoras Fósforo e Luna Parque Edições (finalista do prêmio literário Jabuti), abriu exposição individual no átrio do Sesc Belenzinho e na sala de vídeo do MASP. Em 2023, expôs na 15a. Bienal de Sharjah (EAU), no MoMA Museum of Modern Art (NY) em “Chosen Memories: Contemporary Latin American Art from the Patricia Phelps de Cisneros Gift and Beyond" e na 35ª Bienal de Arte de São Paulo.