Hariel Revignet
- GOIÂNIA
- 1995
Hariel Revignet possui pesquisa artística autobiogeográfica que se manifesta pelas intersecções entre o social, o ancestral e o espiritual. Ela se propõe a construir imagens, ativar memórias possíveis, demarcar territórios originais no inconsciente coletivo, desmoronar fronteiras, opor-se a hierarquias coloniais e queimar ervas. As dimensões oníricas e astrais se sobrepõem em colagens com os seres elementais deste território, buscando ativar a contracolonialidade tátil, atravessando diásporas, onde os Kalunga se encontram com os Igarapés, para estabelecer um possível lugar afro-diaspórico-indígena. Formada em Arquitetura e Urbanismo, conceitua este lugar como Axétetura, buscando referências de cosmopercepções e cosmologias africanas, afro-diaspóricas e indígenas para a apreensão dos espaços e sua construção material e imaterial.
Foi selecionada para o Prêmio PIPA de 2021 e nomeada para o 7º Prêmio EDP nas Artes do Instituto Tomie Ohtake em 2020. Atualmente, é mestranda em Urbanismo pela FAU/UFBA e graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFG, onde também foi bolsista do CNPq no Coletivo Rosa Parks UFG (2017-2018). Em sua trajetória, realizou exposições individuais como "Benção, Tché Yazo" na Mitre Galeria (2023) e "WEKANI, prece da terra" na Mendes Wood DM (2021), e participou de mostras internacionais como "Escalas Invertidas no Miami Hispanic Cultural Art Center" (2022) e "All Season Sanctuary" na d'Ouwe Kerk pela Galeria Mendes Wood DM (2022, Holanda), entre outras. No âmbito nacional, destacou-se em coletivas como "Dos Brasis: arte e pensamento negro", em itinerância no SESC, "Nós, arte e ciência por mulheres" no Paço das Artes (2023) e "Meu corpo: território de disputa" na Galeria Nara Roesler (2023).