Artista autodidata que iniciou seu trabalho há cerca de sete anos conectando paisagens de diversas margens do país com as do imaginário carioca, em um exercício de crônica, pintando as paredes dessas ruas. Sua pintura vernacular conta histórias que ilustram referências da cultura brasileira. Essas narrações reúnem de festividades a crianças nas ruas, as cenas carnavalescas, as refeições e até os funerais. O trabalho do artista tem o respeito pela dissolução dos detalhes, compondo a construção da imagem com histórias familiares, nas palavras de Wallace: “Eu pinto sobre o subúrbio, sobre o Brasil. Tenho vários objetivos, mas acho que o maior deles é ser porta-voz de quem nunca foi ouvido. Gente que é gigante tem muita força, carrega uma história enorme, muito nas costas e nunca tiveram a chance de falar, ou quando o fizeram, foram ofuscados”.

Santos da Silva, horizonte e amanhã, 2024. Óleo sobre tela, 150 x 160 cm

Entre suas exposições solo estão "Dignidade como Utopia", na Mitre Galeria em 2023, "À bença meus padrinhos", na Mendes Wood DM em 2021 e "Caminhei sobre a mãe, senti o braço", em 2020. Seu trabalho está e esteve presente em grandes exposições coletivas como "Dos Brasis", em itinerância nas galeras do SESC desde 2023; "Histórias Brasileiras", no Museu de Arte de São Paulo - MASP e "Composição Carioca", no Centro Cultural do Convento do Carmo em 2022; e "Crônicas Cariocas", no Museu de Arte do Rio - MAR em 2021.